sexta-feira, 14 de novembro de 2008

diálogo de horas erradas

"agradeço a preocupação, mas não a quero. é sério.

o que eu quero é que nem penses nisso. deixa andar. eu não penso nisso. eu não me preocupo com o que há-de vir. estou bem agora e não me interessa se o vou estar daqui a dez minutos. estou feliz com o que tenho e por isso deixo andar.

e o deixar andar não é dizer que sei qual será o fim disto. não sei e já passou o tempo em que arriscava a previsão. agora só deixo andar. o tempo é teu, aproveita-o, faz dele o melhor que puderes. sê tu própria e cresce olhando para dentro. eu observo. eu aplaudo.

só quero que olhes para mim e não penses em segundas intenções. quero que estejas comigo quando quiseres estar comigo e que fales comigo quando quiseres falar comigo. não quero que tenhas receio de nenhum dos dois, por nada. não te retraias.

quanto àquilo que eu já falei demais, guarda tudo numa gaveta... pode ser que um dia dê jeito."
monologava ele, pois ela, já de lindos olhos cerrados, sonhava com flores roxas e algodão doce.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tótó :P

Anónimo disse...

Nunca me vou cansar de ler este texto.