sexta-feira, 3 de outubro de 2008

ambíguo

na sua frente, a ferrovia.

as opções eram várias: partir ou ficar. partindo, os destinos eram muitos: longe ou perto. ficando, teria de enfrentar tudo, com medo ou com coragem.

optou. entrou sem saber pra onde ir. saiu sem saber onde ficava. gostou.

sabia que fugia, mas não lhe desagradava a ideia. fugir não era medo, era necessidade. a sua cabeça era como as suas opções: duas. uma aqui, querendo ficar. outra longe, querendo ir pra mais longe ainda. ficou a meio do caminho.

longe seria muito, perto seria pouco. ali, a distância era ideal. pensava em tudo com o equilíbrio certo entre todos os elementos. analisava, pensava, voltava atrás. a distância era a ideal.

pensou voltar pra trás. pensou seguir adiante. ficou.

agora, peito livre e cabeça leve. a calma o acompanha. a sucessão de pensamentos é encadeada, com ordem, lógica e, sobretudo, sem paixão.

duas coisas que não se perdem ao mesmo tempo: a paixão e a cabeça.

1 comentário:

João Santos disse...

Meu broda! e eu que só hoje em conversa com os nossos amigos soube que tinhas um espaço só teu! e puta que pariu, gostei muito dessa ultima frase, cabeça e paixão não se perdem mesmo ao mesmo tempo ;)
grande abraço!